28.3.03

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21.3.03

COMUNICADO MUITO IMPORTANTE


O tratamento com bisfosfonatos (também chamados difosfonatos) representou, certamente, um importante avanço no que diz respeito à Osteogenesis Imperfecta. O alendronato (no Brasil vendido com o nome de Fosamax ou preparado em farmácias) e o pamidronato (vendido no Brasil com o nome de Aredia e na Argentina com o nome de Aminomux) vêm sendo aplicados com a finalidade de melhorar a densidade óssea dos portadores há pelo menos dez anos, com bons resultados.

Foi com base em trabalhos científicos publicados com resultados de pesquisas médicas realizadas durante pelo menos dez anos, que o Ministério da Saúde, a pedido da ABOI, decidiu financiar, em 2001, o pamidronato (AREDIA) para uso em OI, ainda em moldes de pesquisa em nosso país, criando para isso Centros de Referência em Osteogênesis Imperfecta.

Atualmente tem-se um novo bisfosfonato, o zolendronato (vendido com o nome de Zometa), dito extremamente mais potente e mais rapidamente injetável que o pamidronato. Isso não significa, contudo, que seja melhor que o pamidronato para OI. Pode mesmo ser pior. Ainda não se sabe.

Sem terem ainda uma considerável experiência no tratamento quimioterápico da OI, contudo, alguns médicos já vêm aplicando o zolendronato em crianças com OI. A ABOI não pretende dizer aos médicos ou pais e portadores como eles devem agir. No entanto, sente-se na obrigação, diante das consultas que vem recebendo, de alertar os pais e portadores de que o uso do zolendronato em OI não foi ainda suficientemente estudado para ser considerado seguro. Nos Estados Unidos apenas neste mês o FDA concedeu a licença para a pesquisa com zolendronato em OI, que alguns centros devem começar em breve.

O Brasil também precisa e deve fazer suas próprias pesquisas nesta área, não há dúvida. Mas no Brasil, também, do mesmo modo que em qualquer país, a experiência científica com seres humanos precisa, obrigatoriamente, ser aprovada por um Conselho de Ética Médica (Resolução CNS n° 251/ 97). Deve obter, obrigatoriamente também, o consentimento por escrito do paciente ou responsável, que precisa ser informado claramente sobre os objetivos da pesquisa e eventuais benefícios e riscos envolvidos na participação do experimento. A ABOI está informada de que isto não vem sendo feito e se posiciona contra esta atitude de desinformação dos pacientes por parte de alguns médicos.

No estágio atual do conhecimento sobre os efeitos do zolendronato em Osteogenesis Imperfecta, a ABOI tem a declarar que não apóia seu uso a não ser em rígidas e controladas condições de pesquisa e, desse modo, com os voluntários para a pesquisa devidamente cientes da situação inteira, assinando inclusive o termo de consentimento. Os pais e portadores que desejem submeter-se aos experimentos com zolendronato (cujo nome comercial é ZOMETA, fabricado pelo Novartis) estarão contribuindo para o avanço da ciência, mas não necessariamente para a melhora da OI. E devem estar cientes disso e de eventuais riscos.

Por fim, a ABOI espera que das pesquisas com zolendronato surjam ainda melhores resultados para a OI, e dará seu apoio informando aos interessados, como vem fazendo com o pamidronato. Por enquanto, apenas diz que se trata de experimentação, sobre a qual não temos informações a oferecer, e sugere a conversa clara com os médicos, bem como a leitura dos Direitos do Paciente, disponível no site (www.aboi.org.br/direitospaciente.html)

Saudações
José Carlos Geraldo dos Santos e Rita Amaral
Presidente e vice-presidente da ABOI

18.3.03

Também está funcionando o CROI de Porto Alegre, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, tudo como prevê a Portaria 2035 do MS. Atende, por enquanto, 24 portadores. Veja os endereços dos CROI em

http://www.aboi.org.br

11.3.03

Fátima Benincazza dos Santos, presidente do Conselho Deliberativo da ABOI e coordenadora do núcleo RJ envia a Boa Notícia :
Já está funcionando o CROI - RJ, desde o dia 17 de fevereiro de 2003, proporcionando a aplicação do medicamento de forma contínua. São atendidas 4 (quatro) crianças por semana. Isto foi possível graçças à reserva de 2 (dois) leitos exclusivos para portadores de OI.O tratamento inclui todos os itens requeridos pela Portaria 2035 do MS e algumas melhorias graças aos esforços da equipe do Dr Juan Llerena. São elas:
1- Densitometria óssea
2- Raio-x
3- Exames laboratoriais durante os 3 dias, antes , durante e após
cada aplicação.
4- Internação de 3 dias
5- Uso do Protocolo de Montreal
6- Internações toda segunda-feira e toda quinta-feira, sem interrupção.
7- Uma fisioterapeuta e uma enfermeira, estão visitando os portadores em suas casas para orientar os pais na realização de alguns
exercícios físicos.
8- Acompanhamento Ortopédico no Hospital Geral da Lagoa.

O Instituto comprou uma reserva de medicamento (pamidronato dissódico) para suprir as aplicações para o ano inteiro, garantindo os 4 ciclos do ano para aproximadamente 76 portadores. O Instituto tomou o cuidado para não haver desperdício do caríssimo
medicamento. Para tanto, está realizando as internações combinando uma criança de pouco peso com outra de maior peso. A reserva de dois leitos facilitou esse planejamento com antecedência.

Finalmente vale destacar o empenho da equipe do Dr.Juan e da direção do Instituto Fernandes Figueira, sobretudo pelo valor e respeito que são dados às organizações de pais e portadores, consideradas como parceiras no trabalho de melhoria da
qualidade de vida dos portadores.

6.3.03

Resposta do Hospital Amaral Carvalho
Senhor Editor,
Segue o texto sobre a polêmica gerada em torno do tratamento da
Osteogenesis imperfecta. Célia Ribeiro Núcleo de Comunicação Corporativa
Fundação Hospital Amaral Carvalho - Jaú/SP

Osteogenesis Imperfecta
O protocolo de tratamento da Osteogenesis imperfecta utilizado no Hospital
Amaral Carvalho de Jaú/SP, segue os parâmetros de publicações
internacionais e também do Professor Pedro Henrique Correia, do Serviço de
Metabolismo Ósseo do Hospital das Clínicas da USP/SP. É importante
enfatizar que a matéria veiculada no site www.hospitalar.com é uma síntese,
não especializada, sobre a Osteogenesis imperfecta, destinada ao público
leigo e que não poderia cobrir todas as formas e tipos apresentados pelos
portadores de O. I., pois foge ao escopo da publicação. Considerar a cura
da Osteogenesis imperfecta seria uma impropriedade
, pois a mudança da
história natural da doença e o prognóstico funcional do paciente são em
decorrência de uma desordem genética e, como tal, a terapêutica no momento
não trata-se de terapêutica genética. No entanto, muda de maneira acentuada
o prognóstico funcional, reabilitacional e a qualidade de vida desses
doentes
. Dependendo da forma e da agressividade da patologia em questão,
teremos evoluções diferentes com as terapêuticas e protocolos existentes. E
conforme a experiência do nosso médico fisiatra, que trabalha com esses
pacientes e com metabolismo ósseo há mais de 20 anos, sabe-se que essas
drogas (bifosfonatos) mais recentes mudaram sobremaneira a evolução dos
portadores de Osteogenesis imperfecta.